Há um mês terminei um curso de
programação neurolinguística e mesmo sabendo que não é milagre, sai de lá me sentindo
um pouco mais a pessoa que eu quero ser, pensei que muitas coisas haviam sido
definitivamente superadas... eis que me vem uma prova.
Um mês depois, como todo ciclo,
bem redondo, começo a me sentir aquele desastre, aquela megera que tinha ficado
para trás há um mês. Então pensei... não é possível! Tenho certeza que aprendi
alguma coisa! Estar de TPM é uma crença! Não quero mais acreditar nisso!
Mesmo tomando essa decisão, era
como caminhar sem rumo... o que eu poderia colocar no lugar de algo que
acompanhou a mim e varias gerações durante tanto tempo? As sensações físicas realmente
me mostraram que eu não havia me libertado. Vontade de chorar, de ficar bem
quietinha deitada no sofá, tomar meu leitinho com chocolate, ser lembrada pelas
amigas... Então decidi me entregar a estas sensações e tentar entender o que
elas me trariam de presente.
da pagina do facebook Om Shanti |
Assim como uma grande conspiração,
hoje em meio ao reboliço do dia eu recebo o meu presente: TPM – Tempo para
meditar!
Quanto sentido esta frase tão
obvia me trouxe!
E por tê-la tomado tão
beneficamente, senti vontade de compartilhar, principalmente com aquele que
sente comigo este estado: meu querido marido. E é claro que toda boa ação é
recompensada, os presentes continuaram e em nossa conversa ele trouxe a reflexão
do que havia ouvido falar e do que percebia em seu ambiente de trabalho.
E aliando-se ao entendimento de
que realmente o corpo pede uma pausa para meditar, quando nós mulheres,
convivemos e nossos ciclos se organizam e passamos a ovular e menstruar em
datas muito próximas, esta pausa e esta meditação podem ser experimentadas
coletivamente.
Era assim antigamente.
Soube que as indias ficavam em tendas, só na presença de outras mulheres. Provavelmente era a época da caça, onde os homens saiam. Ou da colheita, pois
são ciclos lunares na natureza. E fico aqui imaginando a legitimidade como se reverenciava
a grande sabedoria. Os homens respeitam também os ciclos e retornam, com sua
caça, sua pesca enquanto as mulheres daquele lugar se entregaram ao seu próprio
corpo e a sua própria natureza, uma amparando a outra.
Isso tudo me faz pensar o quanto vivemos
isoladas em nossos momentos de vida. Achei que isso era mais aparente quando
ganhavamos bebê, quando nos sentimos meio esquecidas com pouco convívio social,
enquanto passamos horas sentadas amamentando. Mas isso acontece todo mês!
Que lindo e de quanta ajuda devem
ser estes grupos de mulheres que se reúnem para cultuar os ciclos, a lua, o
feminino.
Vejo o quanto foi produtivo pra
mim, refletir sobre isso e quantas oportunidades meu próprio corpo me
proporcionou e que realmente estou me tornando a cada oportunidade mais
semelhante à pessoa que eu desejo ser. É como aprender a respirar a vida,
aceitando seus momentos de inspiração e expiração...
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