04/03/2013

TPM - Tempo para meditar


Há um mês terminei um curso de programação neurolinguística e mesmo sabendo que não é milagre, sai de lá me sentindo um pouco mais a pessoa que eu quero ser, pensei que muitas coisas haviam sido definitivamente superadas... eis que me vem uma prova.
Um mês depois, como todo ciclo, bem redondo, começo a me sentir aquele desastre, aquela megera que tinha ficado para trás há um mês. Então pensei... não é possível! Tenho certeza que aprendi alguma coisa! Estar de TPM é uma crença! Não quero mais acreditar nisso!
Mesmo tomando essa decisão, era como caminhar sem rumo... o que eu poderia colocar no lugar de algo que acompanhou a mim e varias gerações durante tanto tempo? As sensações físicas realmente me mostraram que eu não havia me libertado. Vontade de chorar, de ficar bem quietinha deitada no sofá, tomar meu leitinho com chocolate, ser lembrada pelas amigas... Então decidi me entregar a estas sensações e tentar entender o que elas me trariam de presente.
da pagina do facebook Om Shanti
Assim como uma grande conspiração, hoje em meio ao reboliço do dia eu recebo o meu presente: TPM – Tempo para meditar!
Quanto sentido esta frase tão obvia me trouxe!
E por tê-la tomado tão beneficamente, senti vontade de compartilhar, principalmente com aquele que sente comigo este estado: meu querido marido. E é claro que toda boa ação é recompensada, os presentes continuaram e em nossa conversa ele trouxe a reflexão do que havia ouvido falar e do que percebia em seu ambiente de trabalho.
E aliando-se ao entendimento de que realmente o corpo pede uma pausa para meditar, quando nós mulheres, convivemos e nossos ciclos se organizam e passamos a ovular e menstruar em datas muito próximas, esta pausa e esta meditação podem ser experimentadas coletivamente.
Era assim antigamente. Soube que as indias ficavam em tendas, só na presença de outras mulheres. Provavelmente era a época da caça, onde os homens saiam. Ou da colheita, pois são ciclos lunares na natureza. E fico aqui imaginando a legitimidade como se reverenciava a grande sabedoria. Os homens respeitam também os ciclos e retornam, com sua caça, sua pesca enquanto as mulheres daquele lugar se entregaram ao seu próprio corpo e a sua própria natureza, uma amparando a outra.
Isso tudo me faz pensar o quanto vivemos isoladas em nossos momentos de vida. Achei que isso era mais aparente quando ganhavamos bebê, quando nos sentimos meio esquecidas com pouco convívio social, enquanto passamos horas sentadas amamentando. Mas isso acontece todo mês!
Que lindo e de quanta ajuda devem ser estes grupos de mulheres que se reúnem para cultuar os ciclos, a lua, o feminino.
Vejo o quanto foi produtivo pra mim, refletir sobre isso e quantas oportunidades meu próprio corpo me proporcionou e que realmente estou me tornando a cada oportunidade mais semelhante à pessoa que eu desejo ser. É como aprender a respirar a vida, aceitando seus momentos de inspiração e expiração...

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